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Nos Estados Unidos, cientistas estão no coração da guerra de influência sobre os OGM (organismos gen

  • Photo du rédacteur: Fabio Dini
    Fabio Dini
  • 8 sept. 2015
  • 2 min de lecture

Transparência sobre uma das questões ambientais mais polêmicos? Existe uma manobra para manchar a reputação de pesquisadores favoráveis aos organismos geneticamente modificados (OGM)?


Nos Estados Unidos onde os OGM têm sido amplamente adotados pelos agricultores, o debate está bem encaminhado desde a publicação no sábado 5 de setembro pelo New York Times, sobre as correspondências entre acadêmicos, agrônomos, biólogos, etc, e os executivos da indústria de agroquímicos e a Ketchum, empresa de relações públicas que representa os interesses da Monsanto, Bayer, Dow Chemical, DuPont, etc.


Os e-mails mostram como as empresas agroquímicas utilizam da credibilidade e da autoridade científica do mundo acadêmico, na guerra de influência para combater seus adversários.


A maior parte da correspondência foi obtido pela associação US Direito de Saber (USRTK), através de um procedimento ao abrigo do direito dos EUA de acesso aos documentos administrativos, chamada Lei de Liberdade de Informação (FOIA ).


Neste caso, USRTK pediu a 43 universidades públicas norte-americanas a transmissão de qualquer documentação interna - incluindo e-mails do pessoal científico - que contém as palavras "Monsanto", "geneticamente modificado", "Ketchum" etc. Por enquanto, apenas 9 universidades transmitiram os dados exigidos pela associação. "Estas mensagens revelam como a Monsanto e seus parceiros usam" terceiros "apresentados como cientistas independentes para passar suas mensagens", diz USRTK em um comunicado em 5 de Setembro.


Kevin Folta, um biólogo molecular e professor da Universidade da Flórida, é um dos cientistas identificados. Sua correspondência com funcionários da Monsanto e Ketchum mostra que "ele rapidamente se tornou um membro de um círculo de consultores da indústria, de lobistas e executivos, o que reflete uma estratégia para impedir a vontade de alguns Estados de exigir a rotulagem de OGM nos produtos. E mais recentemente, para pressionar o Congresso a evitar que qualquer Estado aprove tal legislação ", escreveu o New York Times.


E-mails de David Shaw, vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento econômico na Universidade de Mississippi, também caíram nas mãos do USRTK. Durante a última década, o seu trabalho foi financiado em até 880.000 dólares pela Monsanto. Sua correspondência revela que executivos da empresa perguntaram em junho de 2013, si ele poderia depor perante o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos para a autorização de uma nova variedade de cultivos transgênicos (algodão e soja ), tolerantes a herbicidas.


Dow Chemical fez o mesmo pedido para um tipo semelhante de OGM – um executivo lembra para todos os efeitos, o apoio financeiro para a universidade. Monsanto e Dow ganharam as causas, e seus produtos foram aprovados sem que possamos saber si o papel desempenhado pelo Dr. Shaw na autorização foi decisivo.


Esperando a chegada da documentação de outras universidades, a USRTK espera encontrar outros cientistas influenciados pela tentação das OGM”$”.

 
 
 

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